José Araújo traça meta para época do Algés
Depois da habitual pré-época, período durante o qual os treinadores se dedicam a aperfeiçoar as equipas para que elas se apresentem de acordo com os seus princípios e filosofias de jogo, a competição feminina nacional vai arrancar este fim-de-semana. A Taça Vítor Hugo é a primeira competição oficial da temporada, com as equipas dividas em quatro grupos de três equipas, sendo que no Grupo D o Algés defronta já esta sexta-feira, às 20.45h, as campeãs da Quinta dos Lombos, no Pavilhão dos Lombos. O primeiro teste para o novo técnico algesino José Araújo, que este ano se mudou para Lisboa com o objectivo claro de tornar a equipa competitiva, o que pressupõe que esteja presente em todos os pontos altos da época.
Uma cidade nova, um clube com história e um grupo de trabalho diferente. Que balanço faz destas primeiras semanas de trabalho?
Apesar de ser praticamente tudo novo tenho facilidade para adaptar-me a novas situações, é uma vantagem nesta profissão. De qualquer maneira tenho tido uma ajuda enorme de todas as pessoas do Algés, o que tem facilitado muito a minha adaptação. É sem dúvida um dos clubes históricos do basquetebol português e isso sente-se, há realmente muito entusiasmo à volta das equipas e muitos jovens pelos campos, é uma atmosfera óptima, com boas condições de trabalho. O trabalho tem corrido de forma natural nesta fase da época, tenho uma equipa com jogadoras comprometidas e sérias nas tarefas do treino, sempre muito bem apoiado num conjunto de pessoas, os directores e responsáveis da equipa, muito competente. Por isso tudo tem corrido bastante bem.
Face às transferências e mudanças que aconteceram nos clubes da Liga Feminina, como perspectiva este campeonato?
Pela informação que tenho recolhido parece-me, fazendo apenas um exercício meramente teórico, que o campeonato será talvez partido entre as seis primeiras equipas e as restantes. haverá sem duvida um grande equilíbrio dentro destes dois grupos. De qualquer modo, é sempre preciso contar com todas as equipas, com mais ou menos talento nos planteis tenho a convicção que as equipas aparecem cada vez melhor preparadas. Acredito que Algés, CAB, Vagos, Boa Viagem, Quinta dos Lombos serão os conjuntos teoricamente mais fortes, deixo uma vaga para a equipa sensação...Todas as épocas há uma.
Com a manutenção do núcleo de portuguesas na equipa, a que objectivos se propõe esta época o Algés?
Temos um conjunto de jogadoras experientes e com talento, o que é uma vantagem. Por outro lado também dispomos de jogadoras jovens com vontade de trabalhar e evoluir. É um dos desafios deste projecto. Apesar de não ter havido mudanças de fundo no que diz respeito a jogadoras, há claramente um necessário período de adaptação, estamos a construir uma identidade, uma filosofia para esta época. Sinceramente acredito que vamos ser muito competitivos e isto quer dizer estarmos presentes na altura das grandes decisões.
Começar a época frente ao actual campeão nacional complica este arranque de temporada?
Penso que não complica em nada, para nós será sempre um desafio e um prazer jogar com as equipas mais fortes. A Taça Vítor Hugo é um excelente torneio de preparação e jogar com o campeão nacional um óptimo jogo para percebemos onde estamos a nível competitivo. Sabemos que temos muito trabalho pela frente, muito a melhorar e a construir, mas estamos onde era suposto estar nesta fase da época.
A Quinta dos Lombos, na sua opinião, está mais forte esta temporada?
Penso que estará mais forte. Começando pelos reforços com a chegada de algumas jovens e talentosas jogadoras que tem presença assídua nas selecções nacionais, a extremo Matea Vrdoliak e a poste Hillary Carlson, com certeza duas mais-valias tanto no campo ofensivo como defensivo. Se juntarmos um conjunto de jogadoras com qualidade e experiência que transita da época anterior e a mesma equipa técnica penso que a equipa da Quinta dos Lombos estará mais forte.
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