Um olhar sobre a Final a 8 da Taça de Portugal 2013

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Um olhar sobre a Final a 8 da Taça de Portugal 2013
Confesso que, com alguma nostalgia de tempos vividos nesta competição, procurarei responder ao desafio do Ressalto.net para fazer uma antevisão duma competição que deveria ser um verdadeiro ponto alto da modalidade, mas que com o passar dos anos se transformou num " momento" do calendário nacional sem grande visibilidade e entusiasmo.
Longe vão os tempos em que esta prova era sem dúvida um foco de interesse para as autarquias envolvidas, para as equipas e seus patrocinadores, para adeptos e para os órgãos de comunicação social ( TV em canal aberto incluída) . 
O ambiente que antecedia a competição, a começar na cerimónia de apresentação e sorteio da série de jogos era alvo dum enorme mediatismo envolvendo as cidades escolhidas, equipas participantes e provocando em todos os intervenientes um profundo orgulho e mesmo "gozo especial".
Este momento propiciava uma experiência única de vivência colectiva numa mesma unidade hoteleira, em saudável rivalidade de técnicos, atletas, dirigentes e contacto directo e diário com os representantes da comunicação social.
Hoje tudo é bem diferente, as condições organizativas quase não permitem que as equipas se juntem e convivam, a cobertura mediática é quase inexistente e já é bem latente a perda progressiva de comunicação com a comunidade escolar das cidades por onde passa a Final da Taça.
Continuamos a pensar que um dos aspectos mais aliciantes duma competição deste nível, jogada a eliminar e com sorteio puro, é indiscutivelmente a imprevisibilidade de se apontar um vencedor.
Mesmo não sendo curial da nossa parte, custa-nos mesmo muito a aceitar que um plantel como o do Benfica em que se pode juntar, talento,qualidade e experiência, podendo-se construir um cinco inicial com  Ricky Franklin, Dunn, Heshimu, Deliboa e Gentry ou ainda outro com os jogadores da seleção nacional Carreira, Betinho, Andrade , Cláudio Fonseca e Élvis Évora , tendo ainda como possiveis suplentes Minhava e Tomás Barroso, não deva ser apontado quase como o esperado vencedor e por esse motivo um foco de menor interesse, não estando minimamente em causa a legitimidade da construção deste plantel para vencer todas as competições.

Assim sendo qual o papel dos outsiders ?

Académica encontrará desta vez o Benfica nos quartos de final e terá pois uma tarefa bem difícil pela frente, estando "briosa" a fazer uma época fantástica de regularidade e qualidade exibicional, assumirá com ambição a procura de passagem às meias finais  tentando para isso, disputar um jogo equilibrado e adiar a decisão final para o quarto período, mas para tal, terá que manter uma elevada eficácia  no seu jogo exterior e uma boa gestão das posses de bola.
 Atenuar diferenças existentes  na rotação dos jogadores, especialmente interiores, será ainda uma das chaves do confronto, tornando-se claro de duelos anteriores que só com um jogo quase perfeito poderá chegar ás meias finais.
Na outra meia final do dia, jogarão Sampaense e Algés, duas equipas que poderão propiciar um confronto equilibrado e qualquer delas aspirar chegar á meia final.
O Sampaense com um plantel quase novo, tem vindo a fazer uma época regular e  terá pela frente um Algés que não estando no grupo dos 8 primeiros na Liga  tem no entanto apresentado uma capacidade competitiva na maioria dos jogos e  conduzido por um técnico experiente neste tipo de competição poderá  chegar à vitória, pelo que conhecemos das duas equipas a chave do jogo ficará nas mãos de quem condicionar mais defensivamente os pontos fortes do adversário.
 Vitória de Guimarães e Ovarense apresentam-se nos seus confrontos com Illiabum e Maia da Proliga, os naturais e esperados vencedores e mesmo podendo prever-se algum equilibrio inicial, a maior valia e experiencia das equipas da Liga fará recair nelas o natural favoritismo.
Deste dia irá sair um interessante confronto, com uma surpreendente e renovada Ovarense e um Vitória renovado e ambicioso,em crescendo e com a legitimidade que confere um plantel de qualidade com 3 estrangeiros, os irmãos Almeida e ainda Bessa e  Paulo Cunha,   as duas equipas irão concerteza propiciar um dos jogos mais interessantes desta competição.
Por fim e para que não restem dúvidas, desejamos que com a máxima urgência se tratem os pontos altos da modalidade com a importância que eles merecem... visibilidade, competitividade e profissionalismo na organização...precisam-se para bem da modalidade.

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